Confesso que ao acordar em
plena segunda-feira preguiçosa, porém agitada, e nos meus hábitos matinais ao
ler as notícias locais, fiquei meio inquieto, e o tema dessa minha inquietude são
eleições desse ano de 2012, mas não as eleições para cargos políticos
municipais, e sim as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil, vejo a toda
hora comentários e confesso que minha intenção inicial era participar mais
pro-ativamente delas, porém por, falta
de confiança no meu suposto “potencial eleitoral”, fiquei meio que escanteiado.
Não
que eu não tenha me posicionado e declarado o meu apoio amplo e irrestrito à
chapa do colega advogado e professor Thiago Bomfim, mas eu poderia e gostaria
de estar mais requisitado e por dentro dos bastidores, porém, o que sei é por
“ouvir dizer”, sem problemas, não me sinto desprestigiado de maneira alguma.
Passarei
a expor as minhas opiniões estritamente pessoais, e não que estejam corretas ou
equivocadas, mas são as MINHAS opiniões.
Vejo
essa eleição com muito pesar, pois como nas últimas, pessoas, que não merecem
ser chamadas de advogados (Se é que o são), utilizam-se das piores artimanhas
para tentar denegrir a imagem dos colegas candidatos, e é como eu ouvi da boca
de um colega, (eu não perco essa eleição de jeito nenhum!), ora, será que há
tanto interesse em ajudar os advogados e advogadas alagoanos? Ou é pura
expressão da vaidade e do poderio que um cargo de direção na Ordem pode lhe
proporcionar? Porque salários, indubitavelmente, não hão, mas os benefícios são
outros diversos.
Li
hoje pela manhã no blog do amigo Welton Roberto uma expressão que não duvidei e
não desminto de maneira alguma, disse o estimado amigo que “não existe oposição
na OAB/AL” pois todos os candidatos de uma maneira ou de outra fizeram ou fazem
parte da atual gestão do presidente Omar Coelho, a quem desfruto de plena e
desintencionada amizade.
Concordo,
pois oposição só pode haver, e aqui falo de oposição no sentido literal da
palavra, de algo que não presta ou causa descontentamento, e não é o caso, a
gestão do presidente Omar, merece elogios, e críticas também, mas se formos
para uma “balança” tem mais bônus do que ônus.
O
que o estimado colega e futuro amigo (creio eu) Thiago Bomfim representa, a meu
ver, não é uma oposição a atual gestão e sim uma renovação e uma quebra de
continuísmo e hegemonia que já duram longos 09 anos, (06 da gestão Omar e 03 da
gestão Marcos Mello-seu pai).
Para
tanto, creio que a futura gestão de Thiago Bomfim, terá como foco a retomada da
OAB como entidade eminentemente de classe, com o corporativismo que é
necessário e inerente às entidades que defendem os seus membros das atrocidades
da sociedade e da opinião pública que é mestre em “detonar” a imagem de alguns
colegas, quantos não já tive a oportunidade de defender e ao final de um
processo criminal ser verificada a inocência do advogado supostamente
envolvido. Quem é que lhe dará a sua credibilidade de volta? E os clientes? E o
sustento? É deveras perigoso a própria Ordem falar em “advogado bandido”,
quando na nossa Constituição Federal o princípio que reina é o da presunção de
inocência.
A
meu humilde ver a bandeira da defesa dos interesses dos advogados, seja em
qualquer situação que o mesmo se encontre é interesse primordial da OAB, vez
que o advogado não é só advogado quando está no exercício de sua profissão (Discordando
do amigo Welton), as prerrogativas não são inerentes somente ao advogado
militante, aliás, creio que deveria haver uma subdivisão do termo
prerrogativas, na minha opinião deveria haver uma prerrogativa profissional (as
elencadas no EOAB, e aí sim, de interesse do advogado militante) e as
prerrogativas de cunho pessoal (que a Ordem deveria brigar para que fossem
respeitadas), ou seja, a imagem de um advogado, por mais bandido que seja, deve
ser resguardada até que a justiça decida a sua culpabilidade e a dosimetria de
sua reprimenda.
Voltando
ao assunto Eleições da OAB, o meu sentimento é que a campanha deveria ser de um
nível altivo, elegante, que é a imagem que nós advogados (em sua maioria)
transmitimos à população, e não ficaria nada satisfeito em ver ofensas de cunho
pessoal a candidato A, B ou C.
Portanto,
equipe de retaguarda dos candidatos, não fucem a vida pessoal de quem quer que
seja, se responde a processos, se tem ligação com qualquer desvio de conduta,
esqueçam as pessoas e debatam as propostas e vamos marchar rumo à melhoria da
Ordem sempre.
BRUNO SORIANO CARDOSO
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