terça-feira, 10 de julho de 2012

Eleições da OAB/AL 2012


Confesso que ao acordar em plena segunda-feira preguiçosa, porém agitada, e nos meus hábitos matinais ao ler as notícias locais, fiquei meio inquieto, e o tema dessa minha inquietude são eleições desse ano de 2012, mas não as eleições para cargos políticos municipais, e sim as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil, vejo a toda hora comentários e confesso que minha intenção inicial era participar mais pro-ativamente  delas, porém por, falta de confiança no meu suposto “potencial eleitoral”, fiquei meio que escanteiado.
Não que eu não tenha me posicionado e declarado o meu apoio amplo e irrestrito à chapa do colega advogado e professor Thiago Bomfim, mas eu poderia e gostaria de estar mais requisitado e por dentro dos bastidores, porém, o que sei é por “ouvir dizer”, sem problemas, não me sinto desprestigiado de maneira alguma.
Passarei a expor as minhas opiniões estritamente pessoais, e não que estejam corretas ou equivocadas, mas são as MINHAS opiniões.
Vejo essa eleição com muito pesar, pois como nas últimas, pessoas, que não merecem ser chamadas de advogados (Se é que o são), utilizam-se das piores artimanhas para tentar denegrir a imagem dos colegas candidatos, e é como eu ouvi da boca de um colega, (eu não perco essa eleição de jeito nenhum!), ora, será que há tanto interesse em ajudar os advogados e advogadas alagoanos? Ou é pura expressão da vaidade e do poderio que um cargo de direção na Ordem pode lhe proporcionar? Porque salários, indubitavelmente, não hão, mas os benefícios são outros diversos.
Li hoje pela manhã no blog do amigo Welton Roberto uma expressão que não duvidei e não desminto de maneira alguma, disse o estimado amigo que “não existe oposição na OAB/AL” pois todos os candidatos de uma maneira ou de outra fizeram ou fazem parte da atual gestão do presidente Omar Coelho, a quem desfruto de plena e desintencionada amizade.
Concordo, pois oposição só pode haver, e aqui falo de oposição no sentido literal da palavra, de algo que não presta ou causa descontentamento, e não é o caso, a gestão do presidente Omar, merece elogios, e críticas também, mas se formos para uma “balança” tem mais bônus do que ônus.
O que o estimado colega e futuro amigo (creio eu) Thiago Bomfim representa, a meu ver, não é uma oposição a atual gestão e sim uma renovação e uma quebra de continuísmo e hegemonia que já duram longos 09 anos, (06 da gestão Omar e 03 da gestão Marcos Mello-seu pai).
Para tanto, creio que a futura gestão de Thiago Bomfim, terá como foco a retomada da OAB como entidade eminentemente de classe, com o corporativismo que é necessário e inerente às entidades que defendem os seus membros das atrocidades da sociedade e da opinião pública que é mestre em “detonar” a imagem de alguns colegas, quantos não já tive a oportunidade de defender e ao final de um processo criminal ser verificada a inocência do advogado supostamente envolvido. Quem é que lhe dará a sua credibilidade de volta? E os clientes? E o sustento? É deveras perigoso a própria Ordem falar em “advogado bandido”, quando na nossa Constituição Federal o princípio que reina é o da presunção de inocência.
A meu humilde ver a bandeira da defesa dos interesses dos advogados, seja em qualquer situação que o mesmo se encontre é interesse primordial da OAB, vez que o advogado não é só advogado quando está no exercício de sua profissão (Discordando do amigo Welton), as prerrogativas não são inerentes somente ao advogado militante, aliás, creio que deveria haver uma subdivisão do termo prerrogativas, na minha opinião deveria haver uma prerrogativa profissional (as elencadas no EOAB, e aí sim, de interesse do advogado militante) e as prerrogativas de cunho pessoal (que a Ordem deveria brigar para que fossem respeitadas), ou seja, a imagem de um advogado, por mais bandido que seja, deve ser resguardada até que a justiça decida a sua culpabilidade e a dosimetria de sua reprimenda.
Voltando ao assunto Eleições da OAB, o meu sentimento é que a campanha deveria ser de um nível altivo, elegante, que é a imagem que nós advogados (em sua maioria) transmitimos à população, e não ficaria nada satisfeito em ver ofensas de cunho pessoal a candidato A, B ou C.
Portanto, equipe de retaguarda dos candidatos, não fucem a vida pessoal de quem quer que seja, se responde a processos, se tem ligação com qualquer desvio de conduta, esqueçam as pessoas e debatam as propostas e vamos marchar rumo à melhoria da Ordem sempre.


BRUNO SORIANO CARDOSO

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